Uso de telas na terceira idade: riscos, benefícios e como equilibrar

Idosa sentada em poltrona confortável usando tablet em sala iluminada

No meu convívio familiar, percebo como a tecnologia entrou de vez no cotidiano de pessoas idosas. Antes, se comunicavam por cartas ou telefonemas. Hoje, enviei um vídeo pelo celular para minha avó e, de imediato, ela respondeu com emoji sorrindo. Esse cenário se repete Brasil afora e demonstra que, cada vez mais, idosos estão conectados a smartphones, tablets e computadores. Mas será que todo esse avanço é mesmo positivo? Ou o uso excessivo esconde riscos à saúde?

O aumento da presença das telas na vida dos idosos

Quando converso com amigos que cuidam de seus pais ou avós, noto que muitos deles citam a tecnologia como ferramenta que ajuda a reduzir distâncias. Não é raro ouvir frases como “minha mãe ama fazer videochamadas com os netos” ou “meu pai agora participa de grupos no WhatsApp”. No entanto, toda novidade exige cautela.

Dados recentes mostram que o número de idosos conectados só cresce. Basta olhar os grupos familiares nos aplicativos de mensagem ou os momentos em que idosos compartilham notícias, receitas e correntes. Smartphones, tablets e computadores tornaram-se presentes até na rotina de quem já passou dos 60, 70 ou até 80 anos.

Idoso sentado usando um tablet em uma sala iluminada Mas nem tudo são flores. Se por um lado as telas aproximam, por outro, elas podem afastar da vida real e trazer desafios inéditos para a saúde física e mental dos idosos. É sobre esses riscos e benefícios que quero refletir neste texto, sempre pensando em como encontrar o equilíbrio no uso dessas tecnologias, algo que eu defendo fortemente em meu dia a dia e, inclusive, observo de perto na atuação da Levens, que sempre propõe soluções seguras e humanas para a terceira idade.

Por que as telas ganharam espaço na terceira idade?

Eu mesma fiquei surpresa ao notar como diversos familiares acima de 65 anos dominam videochamadas, redes sociais e aplicativos. Os principais motivos para esse aumento de interesse, segundo conversas que já tive e relatos publicados em portais especializados, são:

  • Contato fácil com familiares e amigos distantes
  • Busca de informações em tempo real
  • Consumo de entretenimento, como séries e jogos
  • Facilidade para resolver questões bancárias e de saúde
  • Participação em grupos de interesse, como jardinagem e clubes de leitura

No caso de situações de isolamento, que vimos muito nos últimos anos —, as telas ajudaram idosos a não se sentirem tão sozinhos. Vídeos, mensagens e até encontros online proporcionaram conforto, aprendizado e distração.

Na minha experiência, a tecnologia já está inserida no cotidiano da terceira idade e, na maioria dos casos, é percebida como aliada. Mas o excesso pode transformar algo positivo em problema.

Quando as telas se tornam ameaça: os riscos do uso excessivo

Assim como tudo na vida, moderação é palavra-chave. O perigo começa quando o tempo diante das telas substitui atividades ao ar livre, encontros presenciais e hobbies que mantêm corpo e mente ativos. Os efeitos negativos vão além do que se imagina.

Impactos na saúde física: visão, postura e sedentarismo

Lembro de escutar de um conhecido: “Depois que ganhei o tablet, fiquei horas jogando e lendo notícias. Agora, sinto dor nas costas e meus olhos ardem à noite”. Sinais assim não devem ser ignorados. Conforme reportado em reportagem sobre Burnout Digital, o uso prolongado de dispositivos pode causar:

  • Fadiga ocular, olhos secos e ardência
  • Sensibilidade à luz
  • Dores de cabeça, postura inadequada e tensão muscular
  • Redução dos níveis de atividade física (sedentarismo)
  • Perda de massa muscular e risco de doenças cardíacas

Sentar-se longos períodos, muitas vezes em posições desconfortáveis e sem pausas, resulta em dores musculares e nas costas. Além disso, a menor movimentação reduz a capacidade do corpo de se recuperar e pode favorecer problemas circulatórios.

Os efeitos da luz azul: sono e relógio biológico prejudicados

Outro ponto muito destacado por especialistas, e que eu já vivenciei em conversas familiares, é o impacto da luz azul emitida pelos aparelhos eletrônicos. Ela reduz a produção natural de melatonina, hormônio responsável por regular o sono.

Usar telas à noite pode prejudicar a qualidade do sono em idosos, provocando insônia e sonolência durante o dia. O relógio biológico se desregula, o que, além de cansaço, pode aumentar os riscos de quedas e confusão mental, especialmente em quem já tem algum grau de demência.

Saúde mental em risco: ansiedade, desconexão e solidão

Em meus estudos e pesquisas recentes, vi crescer a preocupação com o impacto psicológico do uso digital intenso. Relatos e pesquisa da UFMG sobre saúde mental em idosos demonstram aumento progressivo nos sintomas de ansiedade, depressão e sensação de solidão causada pelo afastamento do convívio social real.

Quanto mais tempo diante das telas, maior pode ser a sensação de esvaziamento emocional e irritação diária.

Além disso, estudos apontam que o medo de ficar sem o celular (nomofobia) aparece com frequência inesperada entre idosos habituados à tecnologia. É a dependência digital, que ganha força e cria um ciclo difícil de romper em certos casos (como mostram pesquisas comentadas por terapeutas ocupacionais da UFMG).

Entendendo a vulnerabilidade da terceira idade às armadilhas digitais

Devo confessar que, no início, não imaginava como as armadilhas digitais pesam mais para esse grupo. Muitas vezes, os idosos apresentam menor letramento digital, o que facilita a exposição a golpes e fake news. Além disso, em situações de frustração tecnológica, eles podem sentir insegurança e até evitam o uso de dispositivos, conforme sugere o estudo da UFMG sobre sofrimento psicológico em idosos.

Dois idosos de cabelo grisalho olhando juntos a tela de um celular Já parou para pensar que excesso de notícias negativas, golpes financeiros e comparações sociais podem gerar frustração, insegurança e, até mesmo, afastar do convívio? Definitivamente, a saúde emocional dos idosos merece atenção diante do cenário digital.

Como perceber sinais de dependência e excesso no uso das telas?

Os sintomas não são sempre óbvios. A cada conversa e relato que ouço, noto que muitos familiares demoram para perceber o problema. Listo aqui sinais que podem indicar dependência digital em idosos:

  • Ansiedade ou irritação quando não podem usar os aparelhos
  • Diminuição do convívio social presencial
  • Redução da participação em atividades físicas
  • Dificuldades recorrentes para dormir
  • Queixas de dores de cabeça, fadiga ocular e desconfortos corporais
  • Negligência de tarefas cotidianas

O uso saudável das telas é aquele que não prejudica sono, saúde ou relações sociais do idoso.

Por isso, sempre que escuto relatos desses sinais, sugiro aos familiares procurar orientação, inclusive de cuidadores que conhecem a realidade e a rotina do assistido, como é o caso dos profissionais da Levens.

Consequências físicas e mentais do uso prolongado das telas

Acho válido detalhar um pouco mais os impactos, pois muitos só notam depois dos primeiros sintomas. O uso prolongado de telas pode causar:

  • Problemas físicos: fadiga ocular, olhos secos, dores nas costas, tensão muscular, síndrome do túnel do carpo, perda muscular e risco aumentado de doenças cardíacas, como descrito em estudos.
  • Danos ao sono: insônia por contato com a luz azul, alteração no ritmo biológico, sonolência diurna.
  • Prejuízos mentais: ansiedade, depressão, solidão, sensação de esvaziamento, dependência digital (pesquisa detalhada aqui).
  • Vulnerabilidade a golpes: maior exposição a fraudes e fake news por menor familiaridade com os perigos virtuais.

Reforço: são efeitos que vão além do que esperamos e, se não houver acompanhamento, podem agravar ainda mais quadros pré-existentes.

A importância do equilíbrio na rotina digital do idoso

Se por um lado, eu observo riscos claros, por outro vejo como o uso equilibrado de telas é vantajoso. Já vi idosos se entusiasmarem ao aprender algo novo, reencontrarem amigos ou se sentirem parte de grupos. Quando a tecnologia enriquece, diverte e informa sem afastar do mundo real, ela é poderosa.

Benefícios concretos do uso responsável das telas

Admito: vi minha avó vibrar ao participar de vídeo-aulas de artesanato. Uma conhecida aprendeu a usar aplicativos para monitorar sua saúde. São exemplos reais onde as telas ampliam horizontes, promovem aprendizado, estimulam a cognição e fortalecem laços afetivos.

Os principais pontos positivos, segundo relatos que acompanho no blog da Levens e conversas com profissionais especializados em cuidado, são:

  • Facilidade de contato com a família
  • Participação em grupos virtuais de apoio e interesse
  • Acesso a cursos online e jogos de estimulação cognitiva
  • Leitura de jornais, livros e revistas digitais
  • Monitoramento de saúde e acesso a consultas remotas

Telas não substituem o calor humano, mas podem ser aliadas da boa convivência quando usadas com responsabilidade.

Inclusive, há muitos conteúdos educativos que despertam a curiosidade e evitam a monotonia do cotidiano, como já vi em iniciativas voltadas para idosos em espaços virtuais especializados (veja mais conteúdos sobre idosos).

Estratégias práticas para um uso mais saudável das telas

Na minha prática, costumo indicar aquilo que realmente funciona no ambiente familiar e nos relatos de cuidadores parceiros. Selecionei estratégias que, para mim, fazem toda diferença no cotidiano:

  • Defina limites diários de uso. Acordar com o idoso um tempo máximo para o celular ou computador, intercalando com atividades presenciais.
  • Evite telas antes de dormir. Proponha sempre desligar os aparelhos pelo menos 1 hora antes de deitar. Ajuda o corpo a relaxar e dormir melhor.
  • Alterne telas e movimento. Pause a cada 30 minutos. Use esse intervalo para alongar, caminhar um pouco ou tomar água.
  • Pratique exercícios para olhos. Pisque conscientemente, olhe para longe e feche os olhos por alguns segundos durante o uso.
  • Ajuste brilho e postura. Telas muito brilhantes forçam a visão. Cadeiras e mesas adaptadas evitam dores musculares.
  • Incentive hobbies manuais e jogos offline. Proponha pintura, costura, jardinagem, palavras-cruzadas ou dominó.
  • Convide para atividades ao ar livre. Caminhadas no parque, visitas a feiras ou encontros em grupo são bem-vindos.
  • Prefira conteúdos úteis e educativos. Escolha cursos, jogos que estimulam a mente e leituras prazerosas.

Construir uma rotina variada é fundamental. A tecnologia fica, mas não ocupa tudo.

Em várias matérias especializadas, percebi que criar limites claros e promover alternativas divertidas fora do digital contribui para a qualidade de vida do idoso (aqui, outros exemplos de bem-estar na terceira idade).

Idosa lendo livro em uma varanda ensolarada com plantas ao fundo Dicas para familiares e cuidadores: como apoiar um uso equilibrado?

Se tem algo que sempre recomendo para familiares que buscam equilíbrio digital é o diálogo aberto. Falar sobre a importância de dividir o tempo entre telas e experiências reais faz diferença, ainda mais quando a família participa ativamente.

Listo algumas dicas que já vi ajudarem, tanto em lares da minha própria família quanto em casas acompanhadas por equipes como a da Levens:

  • Estimule participação em grupos presenciais, como encontros de leitura ou dança
  • Crie momentos de jogos de tabuleiro em família
  • Proponha desenvolver hobbies manuais: bordado, pintura, jardinagem, culinária
  • Convide para caminhadas diárias e piqueniques ao ar livre
  • Ajude a encontrar conteúdos digitais positivos e interativos
  • Auxilie no uso seguro da internet para evitar golpes e notícias falsas

Ao combinar atividades dentro e fora do universo digital, os riscos se reduzem e os benefícios se multiplicam. Para mim, envolver o cuidador profissional também é um diferencial, eles têm o olhar atento para orientar, proteger e sugerir novidades relevantes a cada perfil (saiba mais sobre cuidado especializado para idosos).

Sinais que indicam melhor controle e equilíbrio digital

No dia a dia, como podemos perceber que o equilíbrio foi atingido? Em minha experiência, esses são sinais positivos:

  • Idoso acorda disposto e dorme bem
  • Participa de passeios, reuniões e conversas presenciais
  • Pratica alguma atividade física regularmente
  • Relata satisfação ao aprender algo novo, dentro ou fora das telas
  • Usa a tecnologia sem ansiedade ou dependência

Uso digital equilibrado dá tempo para tudo: para a vida real e para as descobertas online.

Quer exemplos práticos de como equilibrar a tecnologia?

Se ainda restar alguma dúvida sobre como isso se desenrola na rotina, cito dois exemplos reais que pude acompanhar:

  • Dona Maria, 74 anos: faz videochamadas duas vezes por semana, participa de aulas de hortas urbanas pelo tablet, mas, toda manhã, caminha no parque com amigas e dedica tardes a pintar paisagens.
  • Seu Luiz, 80 anos: gosta de acompanhar grupos de fotografia no celular, mas passou a definir horários fixos para não abrir mão dos jogos de dominó com netos às sextas-feiras.

Essas histórias mostram que é possível, com ajuste, construir uma rotina prazerosa, intercalando tecnologia e experiências presenciais. A segurança também deve ser prioridade nesse processo, orientando para o uso protegido dos recursos digitais.

Idosos caminhando juntos em parque arborizado durante o dia Conclusão: equilíbrio digital para envelhecer com qualidade de vida

No momento em que escrevo este artigo, percebo que encontrar o equilíbrio entre o uso das telas e as experiências reais é, sim, um dos grandes desafios da terceira idade.

Com orientação, limites e incentivos ao convívio presencial, as telas deixam de ser ameaça e tornam-se ponte para o bem-estar.

O papel dos familiares e, especialmente, dos cuidadores profissionais é fundamental: eles ajudam a mediar esse equilíbrio com carinho, atenção e cuidado individualizado. Se você sente que precisa de ajuda para construir essa rotina saudável ou se quer conhecer mais sobre como os serviços da Levens podem colaborar para o conforto e segurança dos idosos da sua família, não hesite em conversar com os nossos consultores pelo WhatsApp. Cuidar da saúde na terceira idade está em nossas mãos, e, juntos, podemos garantir mais qualidade de vida para quem tanto já cuidou da gente.

Para aprofundar mais sobre práticas de cuidado, controle do tempo de tela e outras estratégias de proteção na terceira idade, recomendo acompanhar textos que desenvolvo também em publicações especializadas sobre saúde do idoso neste espaço.

Perguntas frequentes sobre o uso de telas na terceira idade

Quais os riscos do uso de telas?

O uso em excesso pode levar a fadiga ocular, dor de cabeça, insônia, ansiedade, solidão, dores posturais e aumento do sedentarismo. Estudos mostram ainda aumento do risco para doenças cardíacas e prejuízo à saúde mental, como destacado em pesquisas da UFMG (saúde mental em idosos).

Como equilibrar tempo de tela diário?

O ideal é definir um limite de uso de telas por dia, intercalar com atividades ao ar livre, praticar exercícios físicos e escolher conteúdos úteis. Evitar telas à noite e fazer pausas regulares ajuda muito. Promova jogos, caminhadas e hobbies para reduzir a dependência eletrônica.

Quais benefícios as telas trazem para idosos?

As telas podem aproximar familiares, permitir acesso a cursos, estimular a cognição e facilitar consultas médicas online. Se usadas com controle, promovem lazer, aprendizado e socialização. Grupos de apoio virtuais e leituras digitais são ótimas alternativas para o bem-estar.

Como evitar problemas de visão com telas?

Mantenha a tela a pelo menos 50cm dos olhos, ajuste brilho e contraste, faça pausas a cada 30 minutos para descansar a visão e pisque voluntariamente. Evite usar o celular ou tablet no escuro e prefira luz ambiente suave.

Existe limite seguro para uso de telas?

Não há consenso único, mas recomenda-se limitar o tempo entre 1 e 2 horas contínuas, intercalando com outras atividades. O uso saudável é aquele que não prejudica sono, saúde física e relações sociais do idoso.

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